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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Comunidades eclesiais são alternativa para deixar Igreja mais perto do povo

Rio – Como supermercados, igrejas disputam clientela. A diferença é que eles oferecem produtos mais baratos e, elas, prometem alívio ao sofrimento, paz espiritual, prosperidade e salvação. Por enquanto, não há disputa nessa competição.

Quem mais se sente incomodada com a nova geografia da fé é a Igreja Católica. Nos últimos anos, o número de católicos no Brasil decresceu 20% (IBGE, 2003).

A Igreja Católica não consegue se modernizar. Considere-se sua estrutura predominante: a paróquia. Encontrar um padre disponível às três da tarde é quase um milagre. Mas há igrejas evangélicas onde pastores e obreiros fazem plantão toda a madrugada.

A Igreja Católica tem poucos pastores porque, ao contrário das demais Igrejas, exige de seus pastores o celibato e exclui as mulheres do acesso ao sacerdócio.

Quem conhece uma paróquia vibrante? Existem, mas são raras. Em que paróquia de classe média os pobres se sentem em casa?

Não é o caso das Igrejas evangélicas; basta entrar numa delas, mesmo em bairros nobres, para constatar quanta gente simples ali se encontra.

As Igrejas evangélicas sabem lidar com os meios de comunicação. Pode-se discutir o conteúdo de sua programação e os métodos de atrair fiel. Mas sabem falar uma linguagem que o povo entende e, por isso, alcançam tanta audiência.

A Igreja Católica tenta correr atrás com showmissas, padres aeróbicos ou cantores. É a espetacularização do sagrado.As Comunidades Eclesiais de Base são uma promissora alternativa pastoral. Em julho, elas promovem, em Porto Velho (RO), o seu 12º encontro nacional.

Fonte: Jornal O Dia (autor: Frei Beto)

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